Como criador de conteúdo digital, jamais estou preocupado com questões técnicas web. Mas isto não implica que a minha plataforma de divulgação de conteúdos não conte com alguns recursos que eu considero pertinente lá ter.
Como é sabido, conto com uma licenciatura em Artes Plásticas e Multimédia, o que me forneceu algumas bases na área da web, tanto a nível do design como da programação.
Agora, se eu estivesse dentro do desenvolvimento web e me fosse dado escolher um lado, literalmente era o lado do design. Mais conhecido por Design Gráfico e de UI.
Quero partilhar aqui um pouco desta minha criação, plataforma tecla3.com. Por trás temos o famoso WordPress, que me ajudou, em muito, a construir e a ter todos os recursos que eu acho pertinente ter, tendo em conta as questões da acessibilidade.
Mas que é o WordPress?
O WordPress é nada mais que um Sistema de Gerenciamento de Conteúdos, conhecidos na área da web como CMS (Content Sanagement System). Assim, pode moldar-se totalmente ao gosto do proprietário/cliente.
Estando no topo como o sistema mais usado para a criação de web site, conta com uma lista de sites de renome que usam o WordPress, tais como:
The New Yorker
Sony Music
Casa Branca
Um ponto importante a realçar é que toda a linguagem da web é Open Source, que é um termo em inglês que significa código aberto. Isto, numa linguagem mais plebeia, quer dizer que qualquer pessoa pode usar. Estamos a falar de linguagem como HTML, PHP, SQL e por aí fora.
O WordPress também é Open Source, podemos criar e moldar todos os conteúdos ao nosso gosto.
Mas nem todo para WordPress é Open Source, isto porque um desenvolvedor web pode criar recursos e até pode comercializá-los, como é o caso dos templete e dos Plugins.
Plugins, deixa-me explicar-te o que é isto, muito resumidamente são recursos que tu podes adicionar ao WordPress. Vou fazer-te aqui uma comparação: tu tens o teu smartphone, e vamos dizer que o teu smartphone é o WordPress, todas as aplicações que tu instalares são os Plugins.
Agora vamos ao assunto que me levou a escrever este artigo sobre a Acessibilidade Digital.
Quando eu parti para o projeto da plataforma tecla3.com, ficou logo decidido que tinha de ter as opções de acessibilidade digital.
As Acessibilidades nos sites são reguladas por W3C & WCAG. Mas isto da acessibilidade digital tem muito mais do que o botão da acessibilidade.
Vou deixar aqui 17 pontos que deves ter em atenção quando estás a construir um web site na questão da acessibilidade.
- Adicionar “Alt Text”: adicionar sempre descrição das imagens, ajudando assim os visitantes e o leito de ecrã, ajudando também o Google a “lê-las”.
- Usar títulos/cabeçalhoscorretamente e nas proporções adequadas.
- Preparar o teu site para poder ser interpretado por um leitores de ecrã.
- Disponibilizar sempre a opção “Avance para o conteúdo principal”no topo de cada página.
- Permitir a navegação por tudo conteúdos através do teclado.
- Criar contrastes suficientesentre o texto e o background.
- Usar um template acessível.
- True Text – alarga melhor, carrega mais depressa e é mais fácil de traduzir. Usar CSS em vez de Editor para acrescentar estilo visual.
- Maiúsculas– cuidado com o seu uso porque vão dificultar a sua leitura e podem ser mal interpretadas pelo Leitores de Ecrã.
- Comprimento da linha– não deve ser demasiado longa porque se torna ilegível.
- Os links devem ser reconhecíveise identificáveis. Links no final dos artigos devem ter um sublinhado ou outro sinal e não apenas uma cor distinta.
- Desenhar um link “Ir para o Pagina principal”– para utilizadores que usam o teclado, este link deve permanecer no topo da página. Pode estar oculto, mas tornar-se visível quando receber ou focalizar o teclado.
- Usar recusas multimédia muito cuidado como o VÍDEO E ÁUDIO.
- Disponibilize um botão Play / Pausa.
- Evitar o uso de conteúdo com efeitos intermitentes ou com efeito estroboscópico, porque pode causar ataques (em pessoas epilépticas, por exemplo).
- Desenhar controles de formulário acessíveis – garantir que tenha etiquetas e instruções detalhadas e que sejam apresentadas com textos e não só com cor.
- Não se concentre apenas na cor numa cor(para pessoas com problemas visuais, por exemplo os daltónicos, não ajuda nada).
É aqui que entram os Plugins que permitem ter o botão da acessibilidade, o sistema de reprodução de texto para áudio, SEO “Otimização para motores de pesquisa”, entre outros recursos que estão disponíveis nativamente no WordPress como é caso da descrição de imagens, como os que estamos a usar na plataforma Tecla3.com.
É impossível construir um site acessível para todos. Por isso, deve-se tentar abranger o máximo de pessoas possível.
Eu neste texto falo do WordPress mas há mais sistemas de CMS, como caso do joomla.
Agora eu falei do wordpress, é o sistema que eu uso e que eu conheço, o que não implica que outras plataformas não tenham os mesmos recursos de acessibilidade digital outros abordado neste texto. Open source ou pagos os recursos estão aí.
Na minha modesta opinião, a falta de acessibilidade digital muitas vezes é devido a que nós fomos um nicho de mercado muito pequenino quase como não contássemos e é isso que temos de mudar e reivindicar.
