O significado e a origem do termo ‘tecla 3’ em Portugal, associado aos telemóveis dos anos 2000 e comutação na sociedade.
Continue readingO que é a Paralisia Cerebral?
O que é a Paralisia Cerebral? é uma lesão neurológica que afeta o sistema nervoso central, ocorre devido à falta de oxigenação no cérebro.
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Menos investimento, mais medalhas
O investimento português de 31,2 milhões na preparação olímpica e paralímpica
Terminaram os Jogos em Paris e está na hora de fazer contas. Qual foi o investimento feito nos atletas olímpicos e nos atletas paralímpicos?
O Estado português investiu 31,2 milhões de euros neste ciclo de Paris no conjunto dos Jogos Olímpicos e dos Jogos Paralímpicos. Este investimento permitiu a conquista no total de 11 medalhas, 4 medalhas nos Jogos Olímpicos e 7 medalhas nos Jogos Paralímpicos.
Jogos Paralímpicos:
🥇 Cristina Gonçalves — Ouro
🥇 Miguel Monteiro — Ouro
🥉 Diogo Cancela — Bronze
🥉 Luís Costa — Bronze
🥈 Sandro Baessa — Prata
🥉 Djibrilo Iafa — Bronze
🥉 Carolina Duarte — Bronze
Jogos Olímpicos:
🥉 Patrícia Sampaio — Bronze
🥈 Iúri Leitão — Prata
🥈 Pedro Pichardo — Prata
🥇 Iúri Leitão • Rui Oliveira — Ouro
Em primeiro lugar, quero felicitar todos os atletas que representaram Portugal nos Jogos Olímpicos e nos Jogos Paralímpicos.
No entanto, temos de fazer algumas contas. O Estado português investiu 31,2 milhões de euros nos nossos atletas, tanto olímpicos como paralímpicos. E, porque aqui falo de inclusão e de igualdade, trago-vos como foi feita a divisão deste valore entre a comitiva olímpica e a comitiva paralímpica.
O que fazia sentido, para mim, era que o referido investimento fosse dividido em partes iguais, 15,6 milhões de euros para os Jogos Olímpicos e 15,6 milhões para os Jogos Paralímpicos.
Mas não foi isso que aconteceu… Claro que não. Até porque os atletas paralímpicos precisam de um maior investimento do que os atletas olímpicos, devido aos materiais de apoio, à maior logística e a uma série de circunstâncias relacionadas com as condições de vida destes atletas.
Porém, não foi assim que aconteceu. Muito longe disso, aliás. A divisão dos milhões de euros foi muito assimétrica. Para os Jogos Olímpicos de Paris foi feito um investimento de 22 milhões de euros!
Sim, quem sabe, já fez as contas. Nem precisa de ser bom em matemática para perceber imediatamente a diferença abismal de investimento. O financiamento para a preparação dos Jogos Paralímpicos foi de 9,2 milhões de euros!
Recordo que, para grupo de atletas paralímpicos, existe um investimento muito superior, tanto a nível de materiais adaptados como de toda a logística que é necessária.
Com menos de metade do orçamento, estes atletas conseguem apresentar melhores resultados para.
Numa sociedade onde termos como inclusão estão tão na moda e são bandeiras políticas, onde estiveram estas preocupações no orçamento de preparação dos Jogos Paralímpica de Paris 2024?
Não estiveram, mas os atletas paralímpicos souberam responder à altura com 7 medalhas contra 4 medalhas conquistadas pelos atletas olímpicos…
Volto a gritar mais uma vez: “Nada para nós sem nós”, porque senão, nós vamos lá e mostramos ao mundo do que somos capazes.
Os 27 atletas da delegação portuguesa Jogos Paralímpicos
Hoje trago-vos os 27 nomes, assim como as respetivas modalidades. Portugal está a poucos dias de entrar em ação nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. Uma equipe composta por atletas que representa o verdadeiro espírito lusitano.
Ana Filipe
Modalidade: Atletismo (Salto em Distância T20)
Idade: 24 anos
Participações nos Jogos Paralímpicos: 2
Catarina Paim
Modalidade: Atletismo (400m T20)
Idade: 25 anos
Participações nos Jogos Paralímpicos: 2
Carolina Duarte
Modalidade: Atletismo (400m T13)
Idade: 34 anos
Participações nos Jogos Paralímpicos: 2
Manudo Balbé
Modalidade: Atletismo (100m T54 400m T54)
Idade: 19 anos
Participações nos Jogos Paralímpicos: Esteia
Miguel Monteiro
Modalidade: Atletismo (Lançamento de Peso F40)
Idade: 23 anos
Participações nos Jogos Paralímpicos: 2
Sandro Baessa
Modalidade: Atletismo (1500m T20)
Idade: 25 anos
Participações nos Jogos Paralímpicos: Esteia
Beatriz Monteiro
Modalidade: Badminton (Singulares SU5)
Idade: 18 anos
Participações nos Jogos Paralímpicos: 1
Ana Correia
Modalidade: Boccia (BC3 Individual)
Idade: 33 anos
Participações nos Jogos Paralímpicos: Estreia
Ana Sofia Costa
Modalidade: Boccia (BC3 Individual)
Idade: 28 anos
Participações nos Jogos Paralímpicos: 1
André Ramos
Modalidade: Boccia (BC2 Individual Equipas BC1/BC2)
Idade: 27 anos
Participações nos Jogos Paralímpicos: 1
Carla Oliveira
Modalidade: Boccia (BC4 Individual)
Idade: 35 anos
Participações nos Jogos Paralímpicos: 2
Cristina Gonçalves
Modalidade: Boccia (BC2 Individual e BC1/BC2 Equipas )
Idade: 46 anos
Participações nos Jogos Paralímpicos: 5
David Araújo
Modalidade: Boccia (BC2 Individual BC1/BC Equipas)
Idade: 17 anos
Participações nos Jogos Paralímpicos: Estreia
José Gonçalves
Modalidade: Boccia (BC3 Individual)
Idade: 59 anos
Participações nos Jogos Paralímpicos: Estreia
Alex Santos
Modalidade: Canoagem (200 metros KL1)
Idade: 42 anos
Participações nos Jogos Paralímpicos: 1
Norberto Mourão
Modalidade: Canoagem (200 metros VL2)
Idade: 433 anos
Participações nos Jogos Paralímpicos: 1
Luís Costa
Modalidade: Ciclismo (Contrarrelógio e Prova em Linha H5)
Idade: 41 anos
Participações nos Jogos Paralímpicos: 2
Telmo Pinão
Modalidade: Ciclismo (Contrarrelógio e Prova em Linha C2; Pista: PerseguiçãoIndividual C2, Quilómetro C2)
Idade: 44 anos
Participações nos Jogos Paralímpicos: 2
Djibrilo Iafa
Modalidade: Judo (- 73kg J1)
Idade: 32 anos
Participações nos Jogos Paralímpicos: 1
Miguel Vieira
Modalidade: Judo (-60kg J1)
Idade: 39 anos
Participações nos Jogos Paralímpicos: 1
Daniel Videira
Modalidade: Natação (100 Costas S6)
Idade: 32 anos
Participações nos Jogos Paralímpicos: 1
Diogo Cancelo
Modalidade: Natação (100 mariposa S8, 200 estilos SM8, 400 livres S8)
Idade: 22 anos
Participações nos Jogos Paralímpicos: 1
Marco Meneses
Modalidade: Natação (50 livres S11, 400livres S11, 100 costas S11, 200 estilos SM11)
Idade: 23 anos
Participações nos Jogos Paralímpicos: 1
Tomás Cordeiro
Modalidade: Natação (100 costas S10,100 bruços SB9, 200 estilos SM10)
Idade: 20 anos
Participações nos Jogos Paralímpicos: Estreia
Simone Fragoso
Modalidade: Powerlifting (-41 Kg)
Idade: 44 anos
Participações nos Jogos Paralímpicos: 3
Margarida Lapa
Modalidade: Tiro (R510m Carabina SH2)
Idade: 24 anos
Participações nos Jogos Paralímpicos: Estreia
Filipe Marques
Modalidade: Triatlo (PTS5)
Idade: 26 anos
Participações nos Jogos Paralímpicos: Estreia
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fotografias ©: Comité Paralímpico de Portugal
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Todas as pessoas com deficiência têm de ser ativistas?
A PESSOA COM DECICIÊNCIA E O ATIVISMO
A convite da Associação de Paralisia Cerebral de Viseu, escrevi um artigo da opinião sobre, “A PESSOA COM DECICIÊNCIA E O ATIVISMO”, para o Diário de Viseu que foi publicado a 22 de dezembro 2023, no âmbito do projeto AMMA – À Minha Maneira.
Todas as pessoas com deficiência têm de ser ativistas?
Sou o Pedro Teixeira, tenho 30 anos e tenho uma Paralisia Cerebral, que nunca me impediu de perseguir os meus objetivos. Ainda que seja natural de Vila Nova de Gaia, fiz todo o meu percurso na cidade de Viseu.
Considero-me um ativista pelos direitos das pessoas com deficiência. No entanto, considero que nem todas as pessoas com deficiência têm a obrigação de ser ativistas, ainda que, considerando a dificuldade de acesso às condições básicas de vida, a pessoa com deficiência é obrigada a uma luta constante por um lugar na sociedade, transformando-a assim num verdadeiro ativista
Em primeiro lugar, creio que isto acontece devido a um fator histórico, uma vez que ao longo dos tempos a deficiência tem sido demonizada e encarada como algo de mau, um verdadeiro infortúnio sem retorno
De facto, a pessoa com deficiência é olhada de maneira assistencialista, um grupo minoritário, sem vida própria, sem capacidade de decisão, sem autodeterminação e sem a possibilidade de escolher o rumo que pretende seguir.
Neste sentido, nós, pessoas com deficiência, somos forçados a lutar constantemente pela equidade de direitos e de oportunidades. Uma luta não só na perspetiva de sensibilização, mas também de reivindicação.
Atualmente, 15% da população mundial tem algum tipo de deficiência ou incapacidade.
Em Portugal, existem cerca de um milhão de pessoas com algum tipo de deficiência ou incapacidade.
O direito à educação e ao trabalho por parte das pessoas com deficiência tem sido cada vez mais impulsionado pelas medidas governamentais que se aproximam das metas fixadas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas.
No ano letivo de 2021/2022, ingressaram 2 779 alunos com necessidades especiais de educação no ensino superior.
Ao mesmo tempo, na perspetiva de mercado de trabalho, uma das medidas que mais contribuíram para o fomento do direto ao mesmo foi a implementação das quotas de emprego para pessoas com deficiência no setor privado através da aprovação da Lei n.º 4/2019. Desta forma, começamos a ter uma porta de entrada para o mercado de trabalho, acreditando que as quotas hão de servir para isso
Não obstante, desejo que esta medida das quotas não sirva apenas para legislar o leque de oportunidades, mas que seja uma efetiva oportunidade na contratação de pessoas com deficiência por parte das empresas. Deve ser de realçar que, quando a contratação seja efetivada, é imperativo que a pessoa com deficiência realize, de facto, as tarefas para as quais é contratada.
Sempre existiram, alturas, ao longo da nossa vida, que tivemos de provar que éramos capazes de fazer isto ou aquilo. Quase como se fossemos inferiores e não tivéssemos o “direito” de ter os mesmos sonhos e ambições das pessoas consideradas normativas. Como a possibilidade e a legitimidade para ter uma carreira profissional, casar, ter casa, filhos. estes clichés que são impostos às pessoas normativas, não são considerados quando se trata de uma pessoa com deficiência. Estas questões não chegam a ser equacionadas.
Considero que ainda há muito trabalho de sensibilização a ser feito.
Só desta forma podemos construir uma sociedade mais igualitária e inclusiva. É este trabalho que tenho procurado fazer através das minhas redes sociais e Youtube Tecla3 Pedro Teixeira, assim como participando em workshops e/ou seminários para a sensibilização dos direitos das pessoas com deficiência.
Um longo caminho já foi percorrido pelos direitos das pessoas com deficiência, mas, na minha opinião, ainda há uma longa caminhada a percorrer.
Por fim, gostaria de deixar a mensagem de que não façam nada para as pessoas com deficiência sem nós que temos uma deficiência.
Viseu recebeu o Campeonato do Mundo de Meia Maratona VIRTUS 2022
Foi no dia 4 de setembro de 2022 que decorreu o 10º Campeonato do Mundo de Meia Maratona VIRTUS em Viseu.
Continue readingBootcamp
O bootcamp foi um evento organizado por Núcleo de Inclusão, Comunicação e Media, que juntou pessoas com deficiência do país todo em Guimarães, para discutir assuntos relacionados com a deficiência em Portugal.
Esta atividade decorreu entre os dias 21 a 25 de Julho, fazendo parto do projeto Erasmus+ “Seeds of change: take yours and spread” Eu pessoalmente adorei este evento foi incrível e aprendi imenso assim como tive pessoalmente uma desconstrução incrível relacionada a certos assuntos. Mais uma vez deixa aqui o meu muito obrigado por esta oportunidade organização no nome da Sofia Pires e da Cláudia Pires
Estás à espera de quê para subscrever?
Para que servem aquelas bolinhas antes da passadeira no passeio? O que são pisos táteis?
Piso tátil nada mais é que a aplicação de relevos no chão que vai permitir as pessoas cegas orientaram-se no espaço. Saber mais aqui.
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